O hífen é um sinal gráfico que tem algumas funções, como ligar palavras precedidas de prefixo; ligar palavras compostas; juntar pronomes oblíquos a formas verbais; e separar as sílabas de um vocábulo.
Vamos mostrar casos em que o uso do hífen é obrigatório. Depois, vamos explicar quando NÃO usar o hífen.
Casos em que o hífen é obrigatório
1) Quando o prefixo termina em vogal e a segunda palavra começa com a mesma vogal
Veja alguns exemplos:
- anti-imperialista;
- anti-inflamatório;
- arqui-inimigo;
- micro-ônibus;
- micro-ondas.
Essa foi uma das regras que surgiu com o Novo Acordo Ortográfico. Antes, as palavras acima não tinham hífen.
Mas atenção: essa regra não se aplica aos prefixos “-co”, “-re” e “-pro”. Nesses casos, não se deve fazer uso do hífen, mesmo que a segunda palavra comece com a mesma vogal que termina o prefixo, a exemplo de “reescrever” e “coordenar”.
2) Quando as palavras começam com “h” depois do prefixo
Veja exemplos:
- anti-higiênico;
- co-herdeiro;
- extra-humano;
- pró-hidrotrópico;
- super-homem.
3) Quando o prefixo termina em consoante e a segunda palavra começa com a mesma consoante
Veja exemplos:
- inter-regional;
- sub-bibliotecário;
- super-resistente;
- super-romântico.
4) Quando as palavras começam com ”r” depois do prefixo “-sub”
Veja exemplos:
- sub-raça;
- sub-região;
- sub-regional
- sub-reino;
- sub-reitor.
5) Quando há os prefixos “-além, -aquém, -bem, -recém, -sem, -vice”
Veja exemplos:
- além-mar;
- aquém-mar;
- bem-humorado;
- recém-nascido;
- sem-terra;
- vice-diretor.
6) Quando a segunda palavra começa por vogal ou “h” depois do advérbio “mal”
Veja exemplos:
- mal-acabado;
- mal-educado;
- mal-humorado;
- mal-intencionado.
7) Quando as palavras começam por vogal, “m”, “n” ou “h” depois dos prefixos “-circum” e “-pan”
Veja exemplos:
- circum-adjacente;
- circum-hospitalar;
- circum-navegador;
- pan-americano;
- pan-helenismo.
8) Quando há casos de ênclise e mesóclise
Veja exemplos:
- amá-lo;
- dar-te-ei;
- entreguei-lhe.
9) Quando há os sufixos de origem tupi-guarani
Veja exemplos:
- amoré-guaçu;
- cajá-mirim;
- capim-açu;
- jacaré-açu.
Casos em que não se usa hífen
1) Não se usa mais hífen quando o prefixo termina com vogal e a segunda palavra começa com vogal diferente
Veja como está agora:
- autoafirmação;
- autoajuda;
- autoaprendizagem;
- autoestima;
- autoestrada;
- intraocular;
- semiaberto.
2) Não se usa mais hífen em palavras que perderam a noção de composição
Veja como está agora:
- mandachuva;
- paraquedas;
- paraquedas.
Mas atenção: o hífen permanece em palavras compostas que não têm elemento de ligação e nas palavras compostas que representam espécies botânicas e zoológicas, como couve-flor e erva-doce.
3) Não se usa mais hífen em locuções substantivas, adjetivas, pronominais, verbais, adverbiais, prepositivas e conjuntivas
Veja como está agora:
- café com leite;
- camisa de força;
- fim de semana.
O hífen permanece apenas em algumas palavras, como cor-de-rosa, água-de-colônia e lua-de-mel.
4) Não se usa mais hífen quando a segunda palavra começa com “r” ou “s”, depois de prefixo terminado em vogal
Nesse caso, é preciso duplicar as consoantes “r” e “s”. Veja exemplos:
- antirracismo;
- antirreligioso;
- antissocial;
- contrassenso;
- extrarregimento;
- suprassumo.
O hífen deve ser usado apenas quando o prefixo termina com “r” e a segunda palavra começa com a mesma letra, a exemplo de super-romântico.
5) Não se usa hífen quando o prefixo termina em vogal e a segunda palavra começa com consoante diferente de “r” ou “s”
Veja exemplos:
- anteprojeto;
- antinatural;
- autopeça;
- contracheque;
- extraforte;
- ultramoderno.
6) Não se usa hífen quando o prefixo termina em consoante e a segunda palavra começa com vogal ou uma consoante diferente
Veja exemplos:
- hiperativo;
- hipermercado;
- intermunicipal;
- subemprego;
- superinteressante.
7) Não se usa hífen após o advérbio “mal” quando o segundo elemento começa com consoante
Veja exemplos:
- maldormido;
- malfalado;
- malgovernado;
- malpassado;
- malvestido.
Fonte: blog.imaginie.com.br